A ampliação dos contratos de comunicação em Zero Hora

Suely Fragoso, Alex Primo, eu, Márcia Franz Amaral, Suzana Barbosa e Luciana Mielniczuk. Orgulho pela aprovação da banca tão especial!

Doutorado defendido, tese aprovada! Foi no dia 23 de julho de 2012. Minha tese, cujo título é “Jornalismo em contexto de convergência: implicações da distribuição multiplataforma na ampliação dos contratos de comunicação dos dispositivos de Zero Hora“, e já está no Scribd, já está disponível no LUME, da UFRGS. Destaca como a movimentação de Zero Hora em múltiplas plataformas, no que está relacionado à convergência com meios digitais, pode resultar em propostas diferenciadas da sua instância de produção ao receptor-público.

A convergência com meios digitais, conforme destacado no trabalho, são as estratégias de distribuição de conteúdos do jornal impresso em redes digitais. Envolve a disponibilização de representações de Zero Hora na Web e em mídias móveis como tablets e smartphones, além das redes sociais na internet.

A pesquisa envolveu a observação, partindo dos princípios da análise semiolinguística (CHARAUDEAU, 2010), de 72 edições de Zero Hora. Elas foram divididas em 18 edições do jornal impresso, 18 edições de Zero Hora.com, 18 edições de Zero Hora no iPad e 18 edições de Zero Hora no iPhone. Também contou com a análise de entrevistas cedidas por sete membros da equipe de Zero Hora. A contribuição do veículo jornalístico foi de extrema importância para os resultados obtidos.

Entre as conclusões percebeu-se a efetiva ampliação das propostas de contratos de comunicação de Zero Hora em convergência com meios digitais. O desenvolvimento de dispositivos de encenação da informação que são diferentes e carregam a mesma marca é uma das evidências do processo.

A banca que aprovou a tese teve como integrantes as pesquisadoras Luciana Mielniczuk (UFRGS), Suzana Barbosa (UFBA), Márcia Franz Amaral (UFSM) e Suely Fragoso (UFRGS). Fui orientada – com muita satisfação – pelo Dr. Alex Primo. Estou muito feliz com a aprovação e com as mudanças posteriores ao doutoramento, todas muito positivas.

2012: Tudo novo

Há tempos que o blog está desatualizado… Em breve serão disponibilizados novos posts, com assuntos relacionados à tese de Doutorado em desenvolvimento e à mais nova experiência como docente na Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), em São Borja. Em fevereiro de 2012 comecei a trabalhar naquela universidade, com projetos bem interessantes a desenvolver. Um deles é o da Agência Experimental de Jornalismo, trabalho que promete render frutos bem legais. A convergência jornalística é um dos tópicos fundamentais do projeto.

Mais comentários em breve… Com tudo novo neste momento, preciso reorganizar minhas rotinas!

5ª Semana Acadêmica da Comunicação na Fabico/UFRGS

Blogs x Jornalismo: complexificação

Tive a oportunidade de discutir sobre a interferência dos blogs nas práticas dos jornalistas contemporâneos. Foi na 5ª Semana Acadêmica do Departamento de Comunicação (DACOM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no dia 18 de outubro.

O evento também contou com a presença dos blogueiros responsáveis pelo Caixa Alta, Amarelo Tráfico , Nonada e Pare o Trem. Todos os blogs trazem propostas diferenciadas para a difusão da informação, tanto como complementos como na forma de novas linguagens para o mercado noticioso profissional. Discussões muito produtivas. É bom ver os acadêmicos (jornalistas de amanhã) observarem e refletirem sobre as possíveis transformações provocadas no jornalismo por fenômenos da comunicação digital.

Intercom 2010: ótimas discussões no GP de Cibercultura

Retornei essa semana de Caxias do Sul, cidade onde participei do Congresso da Intercom 2010. Apresentei, junto com a colega Gabriela Zago (que precisou me aguentar tossindo e super gripada!), o artigo “Considerações sobre o Pro-Am como Estratégia Jornalística no Twitter“. As discussões na mesa de abertura, da qual participamos, foram excelentes!

Falamos sobre a possibilidade da parceria entre profissionais e amadores (O movimento Pro-Am, nas palavras de Chris Anderson em “A Cauda Longa”) no Twitter. As possibilidades do desenvolvimento da referida estratégia no microblog foram exemplificadas a partir de um caso que aconteceu no jornal digital Zero Hora.com, no mês de novembro de 2009. Na ocasião, o meio solicitou o auxílio dos interagentes via Twitter na tentativa de recolher dados sobre um avião rasante que assustou os moradores de Porto Alegre, a capital gaúcha. O resultado da iniciativa foi esta matéria destacando informações recebidas por intermédio do microblog.

A questão foi recebida com polêmica pelo público que acompanhou a apresentação do trabalho. Seria estratégia “Am-Pro”, ou Pro-Am o que se vê no Twitter na atualidade? São os amadores que estão transformando as estratégias dos meios jornalísticos nas redes digitais ou são os veículos tradicionais que estão se apropriando desses espaços com sabedoria, a ponto de aproveitarem ao máximo as suas potencialidades para atingir objetivos comerciais? Essas dúvidas e outras ficaram martelando..

Nas mesas da Intercom que eu participei, os debates foram super produtivos e intrigantes. A que foi coordenada pelo professor Eduardo Pellanda, da PUCRS, sobre o jornalismo colaborativo, foi muito interessante! Bem, que os próximos eventos sejam melhores ainda!

I Seminário de Jornalismo e Internet da UFRB

I Seminário de Jornalismo e Internet, na UFRB.

No mês de julho, tive a oportunidade de participar do I Seminário de Jornalismo e Internet, promovido na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Eu sei que esse post está bem atrasado. No entando, é interessante registrar o acontecimento!

Na oportunidade, apresentei dados relacionados ao jornalismo colaborativo como estratégia comunicacional nas redes digitais, destacando marcas de potencializações, de remediações e de rupturas. Tive o privilégio da companhia e da parceria com a professora Dra. Luciana Mielniczuk, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que falou sobre o desenvolvimento do jornalismo digital.

O evento, organizado e promovido de maneira admirável pela acadêmica de Jornalismo daquela universidade, Patrícia Neves, merece destaque. Afinal, trata-se da iniciativa de alunos interessados no aprimoramento dos seus conhecimentos com relação ao jornalismo digital. A carência de mais contato com as discussões a respeito das transformações do jornalismo no ciberespaço fez com que os acadêmicos da UFRB se mobilizassem para a viabilização do Seminário.

Também palestraram os professores Rosa Meire Oliveira, Messias Bandeira e Beatriz Ribas, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e Cláudio Manoel e Leila Nogueira, da UFRB. Esperamos a segunda edição, em 2011! 🙂

Citizen Journalism: Global Perspectives

Procurando informações sobre a pesquisadora Jane B. Singer, para um trabalho do Doutorado, acabei encontrando o livro “Citizen Journalism: Global Perspectives“. A proposta parece interessante: falar sobre as práticas e sobre os modelos do jornalismo cidadão em vários países, considerando-se a relevância das informações hiperlocais (esta é uma relação que eu faço).

O conceito vem sendo trabalhado pelo pesquisador espanhol Xosé Lopez García, entre outros. Ele explica que tais informações trazem pontos de vista amplamente voltados para as situações cotidianas dos seus autores, enfatizando realidades de caráter fundamentalmente local. Ele fala mais sobre o assunto neste artigo.

Os editores do livro aqui apresentado, Allan Stuart e Einar Thorsen, descrevem a sua abordagem da seguinte forma:

“Ele interage com vários dos temas mais importantes para esta importante área de investigação a partir de perspectivas desafiadoras. Seu objetivo é avaliar a contribuição do jornalismo cidadão para a informação de crise, e incentivar novas formas de diálogo e debate sobre como ela pode ser melhorada no futuro”.

Sendo assim, vale a pena conferir. O melhor de tudo é que o material está disponível gratuitamente, e por inteiro, na rede. 🙂

Revistas científicas e novos qualis

A CAPES divulgou os novos conceitos qualis dos periódicos científicos. Segue, abaixo, a classificação das revistas das ciências sociais aplicadas.

404notf0und (UFBA) C
ABCustos (São Leopoldo, RS) B5
Achegas.net B4
Acheronta (En línea) B3
Al-Nagm Al-Riyyadi B5
Alcance (UNIVALI) (Cessou em 2007) B4
Alceu (PUCRJ) B2
Alea : Estudos Neolatinos (Online) B3
Alea: Estudos Neolatinos (Impresso) B2
Ámbitos (Sevilla) B1
Ameríndia (Fortaleza. Online) B5
Anagramas Rumbos y Sentidos de la Comunicacion B4
Anais … Jornada de Estudos Antigos e Medievais C
Anais … SBPJor – Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo C
Anais do Museu Histórico Nacional B3
Anais do Museu Paulista (Impresso) B3
Anales de Documentación (Internet) B3
Anàlisi (Bellaterra, Barcelona) B4
Ângulo (FATEA. Impresso) C
Animus (Santa Maria) B3
Anthropos (Barcelona) (Cessou em 1995. Cont. ISSN 1137-3636 Revista Anthropos) B5
Anuário da Produção Acadêmica Docente (Anhanguera Educacional. Valinhos) C
Anuário do Ceará C
Aplauso (Porto Alegre) C
Argumentos de Razón Técnica B2
Argumentum (UNIMAR) B4
Arquivística.net B4
Art Libraries Journal B2
Art& (São Paulo. Online) C
ArtCultura (UFU) B3
Arte e Cultura da America Latina B5
Asas da Palavra (UNAMA) C
Augen-Blick (Marburg) B3
Aula Magna (Caracas) B2
Bagoas : Revista de Estudos Gays B4
Bahia Analise & Dados C
Baleia na Rede (UNESP. Marília) B4
BIB. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais B3
Biblionline (João Pessoa) C
Biblios (Lima) B2
BiD. Textos Universitaris de Biblioteconomia i Documentació B2
BOCC. Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação C
Boletin Correo de Bibliotecas Publicas Iberoamericanas B4
Brazilian Journal of Information Science B3
Brazilian Journalism Research (Impresso) B2
Bulletin of the American Society for Information Science (Cessou em 2000) B1
Bulletin of the World Health Organization (Print) A2
Caderno de Discussão do Centro de Pesquisas Sociossemióticas (Impresso) B5
Caderno Seminal Digital (Rio de Janeiro) B4
Caderno.com B5
Cadernos – Faculdades Integradas Sao Camilo (Cessou em 1997. Cont. ISSN 1980-329X Cadernos – Centro Universitário São Camilo) B5
Cadernos Camilliani B5
Cadernos CEDES (Impresso) B1
Cadernos da Pós-Graduação (UEMG) C
Cadernos de Antropologia e Imagem (UERJ) B3
Cadernos de Biblioteconomia, Arquivística e Documentação (Cessou em 1984) B3
Cadernos de Comunicação (UFSM) B5
Cadernos de História da Ciência B5
Cadernos de Informática (UFRGS) B4
Cadernos de Pós-Graduação B4
Cadernos de Saúde Pública (ENSP. Impresso) B1
Cadernos do CEOM (UNOESC) B5
Cadernos IHU (UNISINOS) B5
Cadernos IHU em Formação (UNISINOS) B5
Cadernos IHU Idéias (UNISINOS) B5
Cadernos PROLAM/USP B2
Cadernos Teologia Pública (UNISINOS) B3
Cadernos Unibero de Produção Científica B5
Caesura (ULBRA) B5
Cahiers du Cinéma A2
Caligrama (ECA/USP. Online) B3
Cambiassu B4
CASA (Araraquara) B5
Cenário Arquivístico B4
Cenários da Comunicação (UNINOVE. Impresso) C
CESUBRA Scientia B5
Chasqui B1
Chimères (Lawrence, Kan.) B3
Ciberlegenda (UFF. Online) B3
Cidades Comunidades e Territórios B3
Ciência da Informação (Impresso) A2
Ciência da Informação (Online) A2
Ciência e Cultura B3
Ciência e Educação (UNESP. Impresso) B3
Ciência e Saúde Coletiva (Impresso) B2
Ciência em Movimento (Impresso) B4
Ciência Geográfica B3
Ciência Hoje B4
Ciências & Cognição (UFRJ) B4
Ciencias de la Información (Impresa) B2
Ciências Sociais Unisinos B4
Cine Imaginarium – Imaginário e estética: da arte de fazer psicologia, comunicacão e cinema C
Civitas: Revista de Ciências Sociais (Impresso) B4
Cognitio (PUCSP) B4
Cognitio-Estudos (PUC-SP. Online) B4
Columbia Journal of Transnational Law A1
ComCiência (UNICAMP) B5
Communicare (São Paulo) B4
Comportamento Organizacional e Gestão B3
Comum (FACHA) B5
Comunicação & Informação (UFG) B3
Comunicação & Inovação B4
Comunicação & Política B3
Comunicação & Sociedade B2
Comunicacao e Educacao (USP) B2
Comunicação e Sociedade B3
Comunicação Empresarial B5
Comunicação, Mídia e Consumo (São Paulo. Impresso) B1
Comunicação: Veredas (UNIMAR) B4
Comunicación y Sociedad (Guadalajara) B1
Comunicar (Huelva) B1
Comunicarte B4
Comunicologia (Brasília) B4
Comuniquiatra (Sevilla) C
Concinnitas (Rio de Janeiro. Impresso) B5
Conexão (UCS) B5
Conexões (UNICAMP) (Cessou em 2000. Cont. ISSN 1983-9030 Conexões (Campinas. Online)) B3
Conference Proceedings (IEEE Engineering in Medicine and Biology Society. Conf.) C
Contemporânea (Rio de Janeiro) B4
Contemporanea (Salvador. Impresso) B2
Contextos (Santiago) B4
Contracampo (UFF) B1
Contrapontos (UNIVALI) (Cessou em 2008. Cont. ISSN 1984-7114 Contrapontos (Online)) B4
Controvérsia (UNISINOS) B4
Cosmos (Presidente Prudente) B5
Coyote (São Paulo) C
Crítica Cultural B5
Critica Marxista (São Paulo) B2
Cuadernos Americanos B1
Culturas Midiáticas B4
Cultures et Conflits (Revue) B2
Dados (Rio de Janeiro. Impresso) A1
Datagramazero (Rio de Janeiro) B2
Democracia Viva B5
DeSignis (Barcelona) B1
Devires (UFMG) B1
Diálogos de la Comunicación A2
Diálogos de la Comunicación (En línea) A2
Diálogos Latinoamericanos B3
Diálogos Possíveis (FSBA) B4
Diogène (Ed. Française) A1
Diogenes (English ed.) A1
Disciplinarum Scientia. Série Artes, Letras e Comunicação C
Discursos Fotográficos B3
Dissertationes Botanicae B1
Doc On-Line – Revista Digital de Cinema Documentário B4
Documenta (Rio de Janeiro) C
Documentaliste (Paris) B2
Domínios da Imagem (UEL) B5
E-COM (Belo Horizonte) C
E-Compós (Brasília) B1
Eco (UFRJ) B2
Ecos Revista B3
Educação & Sociedade (Impresso) A2
Educação (Rio Claro. Impresso) B3
Educação e Cultura Contemporânea B4
Educação e Realidade B2
Educação Gráfica (UNESP. Bauru) C
Educar em Revista (Impresso) B2
Education et Sociétés (Imprimé) B1
Education for Information B1
Educere (Umuarama. Impresso) C
Egesta (UNISANTOS) B5
El Profesional de la Información A2
Em Questão (UFRGS. Impresso) B2
Emancipação (UEPG. Impresso) B5
Encontro de Iniciação Científica … Mostra de Pós-Graduação C
Encontros Bibli B2
Entre.Meios B5
Entrevozes C
Eptic (UFS) B4
Escribania (Manizales ) B4
Esfera (Macaé) C
Espacios (Caracas) B2
Espaço (Rio de Janeiro. 1990) B5
Especiaria (UESC) B5
Espéculo (Madrid) B2
Espiral (São Paulo) C
Esporte e Sociedade B4
Esprit Critique (Montréal) B2
Estudios sobre las Culturas Contemporáneas B2
Estudios y Perspectivas en Turismo B2
Estudos (Brasília) C
Estudos Acadêmicos Unibero C
Estudos Avançados (USP. Impresso) B2
Estudos de História B2
Estudos de Jornalismo e Relações Públicas B4
Estudos de Religiao (IMS) B2
Estudos de Sociologia (Recife) B4
Estudos de Sociologia (São Paulo) B4
Estudos em Comunicação/Communication Studies B3
Estudos em Jornalismo e Mídia (UFSC) B3
Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978) B3
ETD : Educação Temática Digital B4
Etudes de Communication B1
Ex Aequo (Oeiras) B4
Exacta (São Paulo. Impresso) B5
Excavatio (San Rafael) B5
F@Ro (Valparaíso. En línea) B4
F@ro (Valparaíso. Impresa) B3
Face em Revista (Cessou em 2006. Cont. ISSN 1981-9293 Uniuv em Revista) C
FACEF Pesquisa C
FACOM (FAAP) B4
Fatecnológica (FATEC-JAHU) B5
Fênix (UFU. Online) B5
Film-Philosophy (London) B1
Flusser Studies B2
Fonte (Belo Horizonte) B5
Forma y Funcion B3
Formas e Linguagens (UNIJUÍ) C
Fragmentos de Cultura (Goiânia) B4
Framework A2
Fronteiras (Florianópolis) B5
Galáxia (PUCSP) B1
Galáxia (São Paulo. Online) B1
Gênero (Niterói) B5
Geologia USP. Série Didática B5
Gerente de Cidade C
Gestão e Desenvolvimento (FEEVALE) C
Gestus (Vitória de Santo Antão) B5
Ghrebh- B1
Global Brasil (Rio de Janeiro) B5
Global Media Journal B1
Gragoatá (UFF) B2
Graphos (João Pessoa) B4
Guionactualidad (Barcelona) C
Habitus (UCG. Impresso) B5
Hermès (Paris. 1988) A2
Heterotopias (Faculdade 7 de Setembro) B5
Hífen (Uruguaiana. Online) B5
História Digital C
História Revista (UFG. Impresso) B4
História Viva (São Paulo) B3
História, Ciências, Saúde-Manguinhos (Impresso) B2
Horizontes Antropológicos (UFRGS. Impresso) B2
Hórus (FAESO) C
Humanidades (Brasília) B4
Hypnos (PUCSP) B4
I/C (Sevilla) B4
Ícone (FIT. Uberlândia) C
Ilha do Desterro (UFSC) B3
Ilha. Revista de Antropologia (Florianópolis) B3
Image & Narrative B2
Images Re-vues B4
Imaginário (USP) B4
Impulso (Piracicaba) B5
In Revista (UNAERP) B5
In Texto (UFRGS. Online) B2
Inclusão Social (Impresso) B4
Inclusão Social (Online) B4
Infodiversidad (Buenos Aires) B3
Informação & Informação (Cessou em 2002) B3
Informação & Informação (UEL. Online) B3
Informação & Sociedade (UFPB. Impresso) B1
Informação & Sociedade (UFPB. Online) B1
Información, Cultura y Sociedad B3
Information Research A2
Iniciação Científica – CESUMAR C
Insight Inteligência (Rio de Janeiro) C
Instrumento (Juiz de Fora) B5
Integração (USJT) B5
Inteligência Empresarial (UFRJ) C
InteraccionInteraccion (Bogotá) B4
Interações (Universidade São Marcos) B5
Interagir (UERJ) B5
Interciencia (Caracas) B1
INTERCOM (São Paulo) B2
Intercom (São Paulo. Impresso) B1
Intercom (São Paulo. Online) B1
Interface (Botucatu. Impresso) B1
Interin (Curitiba) B3
International Journal of Dialogical Science B4
International Journal of Education and Development using Information and Communication Technology B3
International Journal of Intangible Heritage (Seoul. Print) B2
International Journal of Learning (Online) B2
InterScience Place B4
Interseções (UERJ) B5
Intersections (Athena) B1
Intertextos (Manaus) C
Investigación Bibliotecológica B1
Investigações em Ensino de Ciências (Online) B5
IP (Belo Horizonte) B4
Irohín (Brasília) C
Istmo (Wooster, Ohio) B5
Itinerarios (UNESP. Araraquara) B4
Itinerarium (Rio de Janeiro. 2008) B4
Javnost (Ljubljana) B1
JBCC. Jornal Brasileiro de Ciências da Comunicação C
Jornal Intercom C
Journal of Strategic Information Systems A2
Journal of the Medical Library Association A2
Journalism (London) A2
La Salle (Canoas) B4
Labrys (Edição em Português. Online) B4
Labrys (Editión Française. Online) B4
Latinoamérica. Revista de Estúdios Latinoamericanos B2
Le Monde Diplomatique C
Lecturas Educación Física y Deportes (Buenos Aires) B4
Lecture Notes in Computer Science B1
Légua & Meia B5
Leitura (UFAL) B4
Leitura. Teoria & Prática B4
Leituras de Economia Política (UNICAMP) C
Leonardo Electronic Almanac A2
Les Cahiers du Journalisme (Lille) B2
Les Enjeux de l’information et de la Communication B1
Letras de Hoje B2
Líbero (FACASPER) B2
Library Trends A1
Liinc em Revista B3
Língua Escrita (UFMG) B5
Linguagem & Ensino (UCPel. Impresso) B4
Linguagem em (Dis)curso (Impresso) B4
Logos (Canoas) C
Logos (UERJ. Impresso) B3
Lua Nova (Impresso) B2
Lucera (Rosario, ES) B5
Lugar Comum (UFRJ) B4
Lumen (São Paulo) B5
Lumina (Juiz de Fora) (Cessou em 2006. Cont. ISSN 1981-4070 Lumina (Juiz de Fora. Online)) B3
Lumina (UFJF. Online) B3
Luso-Brazilian Review B1
Lusorama A2
Lutas Sociais (PUCSP) B4
Manuscrítica (São Paulo) B4
Margem (PUCSP) B4
Materia (Barcelona) A2
Matraga (Rio de Janeiro) B2
Matrizes (USP. Impresso) B1
Media & Jornalismo B4
Media, Culture & Society A1
Mediação (Belo Horizonte) B5
Mediaciones Sociales B2
Metáforas Record C
Minas Gerais. Suplemento Literário C
MINPAKU Anthropology Newsletter C
Morpheus (UNIRIO. Online) B5
Mulher e Trabalho (Porto Alegre) B5
Mundo & Vida (UFF) C
Musas (IPHAN) B3
Museologia e Patrimônio B3
Museos.es (Madrid) B4
Música Hodie B4
Nada (Lisboa) C
New Library World B2
Nómadas (Bogotá) B3
Nossa América C
Nossa História (São Paulo) B3
Novedades Educativas B4
Novos Estudos CEBRAP (Impresso) B2
Novos Olhares (USP) B3
Nuevamérica (Buenos Aires) B4
Nuevo Mundo-Mundos Nuevos B3
Numero (Bogota) C
O Olho da História B4
O Tripeiro (Porto) C
Observatorio (OBS*) B5
Observatório da Imprensa (São Paulo) C
OCLC Systems & Services B1
Oficina (Belo Horizonte) B5
Olhar (UFSCar) B4
Opción (Maracaibo) B2
Opinião Pública (UNICAMP. Impresso) B4
Organicom (USP) B2
Os Urbanitas (São Paulo) C
Páginas a & b. Arquivos & Bibliotecas B4
Palabra Clave B2
Palpitar: Literatura e Cultura C
Parcerias Estratégicas (Brasília) B5
Passages de Paris (APEB-Fr) B1
Pátio (Porto Alegre. 1997) B3
Patrimonio Cultural (Santiago. Impresa) B4
Patrimônio: Lazer & Turismo (UNISANTOS) B5
Pauta Geral B4
Pensar BH. Política Social B5
Percurso (São Paulo) C
Perspectiva (Erexim) C
Perspectiva Latinoamericana B3
Perspectivas em Ciência da Informação (Impresso) A2
Perspectivas: Revista de Ciências Sociais (UNESP. Araraquara. Impresso) B3
Pesquisa FAPESP (Impresso) B4
Pesquisas e Práticas Psicossociais B3
Plano B (São Paulo) C
Poiesis (Niterói) B4
Polêm!ca C
Política & Sociedade B4
Política Democrática B5
Políticas Clturais em Revista B4
Ponto-e-Vírgula (PUCSP) B3
PontodeAcesso (UFBA) B5
Porto & Vírgula C
Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP B3
Prâksis (FEEVALE) C
Principia (Juiz de Fora) C
Princípios (São Paulo) C
Prisma.com B5
Projeto História (PUCSP) B2
ProjetosExperimentais.Com C
Prosa Uniderp C
Protestantismo em Revista B5
Psicoanálisis y el Hospital B5
Psicologia Clínica (PUCRJ. Impresso) B4
Psicologia em Revista (Online) B2
Psicologia: Ciência e Profissão (Impresso) B4
Publicatio UEPG. Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Lingüística, Letras e Artes (Impresso) B5
RAC. Revista de Administração Contemporânea (Impresso) B4
RAE (Impresso) B4
Raízes (São Caetano do Sul) C
Rastros (Joinville) B4
Razón y Palabra B3
RBPG. Revista Brasileira de Pós-Graduação B4
RBSE. Revista Brasileira de Sociologia da Emoção (Online) C
Rebej (Brasília) B5
RECIIS. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde (Edição em Português. Online) B3
Recorde: Revista de História do Esporte B3
Redes (Barcelona) B1
Redes.com (Sevilla) B1
Reflexões em Ciências Humanas B5
REGE. Revista de Gestão USP B3
Relações Humanas C
Remate de Males B2
REMHU (Brasília) B5
RENOTE. Revista Novas Tecnologias na Educação B5
Repertório Teatro & Dança B3
RESI : Revista Eletrônica de Sistemas de Informação B4
Resonancias (Santiago) B2
Reuna (Belo Horizonte) C
Revista ACB (Florianópolis) B4
Revista Anagrama (USP) B5
Revista Anthropos B3
Revista Brasileira de Aplicações de Vácuo (Impresso) B4
Revista Brasileira de Arqueometria, Restauração e Conservação B4
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação (Impresso) B4
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação (Online) B4
Revista Brasileira de Ciências do Esporte B2
Revista Brasileira de Educação Especial B3
Revista Brasileira de Farmacognosia (Impresso) B4
Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional B5
Revista Brasileira de História (Impresso) B2
Revista Brasileira de História das Religiões B4
Revista Brasileira de Horticultura Ornamental (Impresso) B4
Revista Brasileira de Inovação B3
Revista Brasileira de Linguística Aplicada (Impresso) B2
Revista Brasileira de Literatura Comparada B3
Revista Brasileira do Caribe (Impresso) B4
Revista Ceciliana C
Revista CESUMAR C
Revista Ciências Humanas (Taubaté) C
Revista Científica da FAMEC C
Revista Científica do Centro Universitário de Barra Mansa B5
Revista Científica do IMAPES B5
Revista Científica/FAP (Curitiba. Online) B5
Revista Comciência B5
Revista Comunicação Midiática B3
Revista Conexão UEPG B5
Revista Contabilidade & Finanças (Impresso) B4
Revista Contemporânea (UERJ. Online) B5
Revista Convergências C
Revista da ABEM B4
Revista da ADPPUCRS B5
Revista da ANPOLL (Impresso) B2
Revista da APG (PUCSP) C
Revista da Associação Médica Brasileira (1992. Impresso) B2
Revista da ESPM B4
Revista da FA7 C
Revista da FACED (Impresso) B5
Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica B4
Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência (Cessou em 2007. Cont. ISSN 1983-4713 Revista Brasileira de História da Ciência) B1
Revista de Administração da FEAD-Minas C
Revista de Administração Pública (Impresso) B3
Revista de Biblioteconomia de Brasília B3
Revista de Biblioteconomia e Comunicacao (UFRGS) C
Revista de Catequese B4
Revista de Ciências e Técnicas do Património B4
Revista de Ciências Gerenciais C
Revista de Ciências Sociais (Fortaleza) B4
Revista de Comunicação e Linguagens B2
Revista de Economia Contemporânea (Impresso) B5
Revista de Educação ANEC B5
Revista de Estudos da Comunicação (Impresso) B3
Revista de Estudos Universitárias (Sorocaba) B3
Revista de História (Rio de Janeiro) B5
Revista de História Regional C
Revista de Iniciação Científica da F.F.C. B5
Revista de Negócios (Cessou em 2006) B5
Revista de Psiquiatria Clínica (USP. Impresso) B3
Revista de Sociologia e Política (Online) B1
Revista de Sociologia e Política (UFPR. Impresso) B1
Revista Devires B1
Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação B3
Revista do CCEI B4
Revista do COGEIME B5
Revista do Observatório do Milênio de Belo Horizonte C
Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional B2
Revista do Professor (Rio Pardo) B5
Revista do Serviço Público B5
Revista Ecos de la Comunicación B4
Revista Educação e Tecnologia (Aracruz. Online) B5
Revista Educação em Questão (UFRN. Impresso) B4
Revista Eletrônica Informação e Cognição B5
Revista Eparrei (Santos) C
Revista Espcom B5
Revista Estudos Feministas (UFSC. Impresso) B1
Revista FAMECOS (Impresso) B1
Revista FAMECOS (Online) B1
Revista Fronteira (Cessou em 2008. Cont. ISSN 1984-8226 Revista Fronteiras (Online)) B2
Revista Gestão Industrial C
Revista Global Tourism (Online) C
Revista História & Luta de Classes C
Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação B3
Revista Iberoamericana B3
Revista Interamericana de Bibliotecologia B2
Revista Intermídias C
Revista Internacional de Folkcomunicação B5
Revista Kairós B5
Revista Katálysis (Impresso) B2
Revista Latina de Comunicación Social B2
Revista Latinoamericana de Ciencias de la Comunicación B1
Revista LEVS (Marília) B4
Revista Logos (São Paulo. Impresso) B5
Revista Mediações (UEL) B4
Revista Nau B4
Revista Novos Rumos B5
Revista Perfil (UFRGS) B5
Revista PJ:Br C
Revista Teológica (Campinas) B5
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Verso e Reverso (Unisinos. Online) B5
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Refletindo sobre o jornalismo digital

Uma hora o ano sempre começa.. E este blog precisa voltar à ativa! Pensando nisso, decidi inaugurar os posts de 2010 com as respostas ao questionário que me foi encaminhado pelo acadêmico Marco Túlio Pereira Silva, aluno do professor universitário e coordenador da Pós de Produçao em Mídias Digitais (IEC – PUC Minas), Jorge Rocha, o @exucaveiracover.

Trata-se de uma reflexão sobre o jornalismo digital na atualidade. Eis o questionário e algumas considerações:

M.T. – Como você enxerga a prática do jornalismo multimídia, hoje, no Brasil?
Percebo a prática do jornalismo multimídia, ou do jornalismo digital, como um processo em pleno desenvolvimento. No Brasil, o que se vê, atualmente, é a aplicação de uma série de estratégias comunicacionais no ciberespaço entre os sites ligados às mídias de referência. O resultado disso é o lançamento, por exemplo, de espaços colaborativos, a manifestação dos jornais digitais em redes sociais e em microblogs como o Twitter.. A apropriação de modelos comunicacionais distintos, que primeiro surgem na Web a partir da iniciativa da inteligência coletiva e, posteriormente, são experimentados nos jornais digitais, provoca simbioses, remediações e, finalmente, rupturas na forma de pensar o fazer jornalístico na contemporaneidade. Como os jornalistas estão trabalhando nesse sistema? Como deve ser a notícia no jornalismo digital? Estas são algumas dúvidas que surgem na realidade atual. Em suma, o que eu quero dizer é que o jornalismo está passando por uma fase de mutação, de crise, de mudanças no ciberespaço, no formato multimídia. Novos modelos surgem a cada dia.

M.T. – Qual a sua avaliação sobre a capacidade das faculdades absorverem as novas técnicas do jornalismo, principalmente o multimídia, e adequarem suas grades conforme esse cenário?
Creio que os cursos de jornalismo precisam ficar atentos às mudanças do jornalismo, ao seu desenvolvimento. É preciso considerar que o perfil de busca e de consumo das informações por parte do público foi modificado no cenário que Jenkins (2008) chama de cultura da convergência. Ocorreu a complexificação das práticas e dos processos do jornalismo no referido contexto. Assim, cabe às universidades acompanhar tais mudanças, estimular a reflexão crítica dos acadêmicos. Investir em laboratórios e em corpo docente capacitados, na composição de jornais laboratório e na compreensão e utilização de multiplataformas no jornalismo são algumas etapas desse processo. Também é importante compreender que o jornalismo – e mesmo o futuro do jornalismo – está sendo constituído pela nova geração de jornalistas que está entrando no mercado. Um perfil diferente está se formando.

M.T. – Quais as consequências que as redes sociais acarretam ao permitirem “furos” de reportagem a qualquer pessoa? Um exemplo que cito é o caso Petrobrás, você certamente conhece, certo?Uma das consequências é a alteração da forma com que os jornalistas atuam na construção das notícias. Se os furos, ou as informações imediatas, mais superficiais, são divulgadas pelo público, em redes sociais ou nos sites colaborativos, é preciso que as mídias jornalísticas modifiquem as suas estratégias. A atuação do público na cauda longa da informação acaba estimulando os meios jornalísticos, mesmo que contra a sua vontade, a buscar diferentes alternativas para a conquista de novos leitores. O jornalismo está sendo obrigado a rever e modificar as suas bases produtivas, as suas características institucionalizadas.

No caso do Blog da Petrobras, por exemplo, o vazamento de informações que foram solicitadas por determinados meios jornalísticos antes da sua publicação pegou as mídias envolvidas de surpresa.Isso gerou indignação, devido à suposta ruptura dos limites institucionalizados de troca entre a equipe de comunicação da Petrobras e os meios jornalísticos. Na minha opinião, não adianta protestar contra fatos como este: a Petrobras e a sua assessoria de comunicação perceberam que podiam se apropriar do modelo dos blogs para aprimorar a comunicação com o seu público. Utilizou o blog de forma estratégica. Vejo este caso como um exemplo de como as mídias jornalísticas estavam despreparadas para processos como o citado. Repito mais uma vez: é preciso investir em novas formas de fazer jornalismo, aproveitar os potenciais da comunicação digital..

Gostaria de finalizar com uma provocação, para refletires: será que o nome certo para o jornalismo no ciberespaço hoje é jornalismo multimídia, jornalismo digital, jornalismo online, ciberjornalismo, enfim?…. Acredito que jornalismo multimídia remete ao entendimento de um jornalismo que aproveita a possibilidade da união de tecnologias de vídeo e áudio com o verbo.. O jornalismo na ambiência digital pode ser compreendido como uma prática mais ampla, complexa, convergente não apenas no sentido tecnológico, mas com relação às forças de produção, à mistura de plataformas, de redes…

Bem, por enquanto era isso. Espero ter ajudado! 🙂
Comentários??

A polêmica do editorial de ZH: chuvas e colaboração

Editorial publicado no Blog do Editor e na página 2 de Zero Hora exaltou o auxílio dos colaboradores e gerou polêmica.

Tarde do dia 19 de novembro de 2009. Ventos, chuva e destruição formaram o cenário de Porto Alegre, a capital gaúcha.  A mesma situação se estabeleceu nas demais cidades do Estado do Rio Grande do Sul. A primavera marcada por tempestades foi testemunhada e registrada pela mídia jornalística e por amadores. Uma série de relatos e de imagens enfatizando os estragos provocados pelas condições climáticas foi publicada nas redes digitais.

Blogs, redes sociais como o You Tube e o microblog Twitter serviram como espaços para a manifestação dos leitores/interagentes. As seções colaborativas, disponíveis nos jornais digitais de referência, também complementaram o quadro de informações sobre os temporais. O público descreveu os fatos ocorridos naquela data, ao mesmo tempo em que os jornalistas constituíram narrativas sobre os mesmos acontecimentos. Distintos pontos de vista encontraram lugar para a publicação na Web.

Nos veículos jornalísticos vinculados ao Grupo RBS, entre eles o jornal digital Zero Hora.com, os conteúdos profissionais e colaborativos acabaram se complementando. O processo formou relatos coletivos sobre a realidade, mediante a apropriação que o meio jornalístico fez dos materiais encaminhados por amadores. A partir de convites postados pela equipe do jornal digital, textos, fotografias e vídeos captados e enviados por colaboradores foram aproveitados na cobertura geral realizada pelo meio.

O fato foi destacado como positivo na sessão Cartas do Editor de Zero Hora, disponibilizada no meio impresso e no Blog do Editor, no dia 21 de novembro de 2009. O artigo “Leitores também iluminam a cena”, escrito pelo diretor de redação do jornal, Ricardo Stefanelli, salientou a dinâmica de trocas que foi estabelecida com o público na ocasião das enxurradas. O fato foi descrito da seguinte forma:

“Acostumados a lidar com o público, que cada vez mais ajuda na produção do conteúdo, os veículos da RBS viveram uma tarde diferente na quinta-feira, quando o Rio Grande anoiteceu às 12h50min. O coordenador de Jornalismo da Rádio Gaúcha, Cláudio Moretto, se preparou para mais uma cobertura de temporal em sua rotina, acionando como de hábito as equipes de reportagem. Não seria bem assim. Aos poucos, percebeu que a emissora ganhava uma ajuda externa mais encorpada do que de costume. O canal de voz com os ouvintes teve de ser ampliado em mais três ramais, tão logo foi aberto ao público. Os relatos chegavam com a mesma intensidade dos ventos. Por telefone, torpedos, e-mails e Twitter. A intensidade exigia uma providência (…) Era preciso organizar e processar tantas informações. Enquanto repórteres e produtores telefonavam para polícias, bombeiros, hospitais e prefeituras, o público mostrava que, desde os locais mais atingidos, podia fornecer relatos mais fiéis”. (STEFANELLI, 2009, http://wp.clicrbs.com.br/editor/2009/11/21/leitores-tambem-iluminam-a-cena/?topo=13,1,1)

O editorial salientou a relevância das colaborações para a complementação do trabalho realizado pelas equipes de jornalismo dos meios ligados ao Grupo RBS. Destacou, entre outros fatores, a importância dos conteúdos amadores para a abrangência e a atualidade da cobertura daquele evento. Nas palavras de Stefanelli, “só o público podia estar naqueles locais, naqueles momentos – e quem compreender e interpretar isso poderá oferecer um jornalismo cada vez mais amplo”.

O tom otimista do texto gerou polêmica entre os leitores. A partir de comentários feitos por interagentes no Blog do Editor, criou-se uma discussão que mostrou, de certa forma, a indignação do público com a abordagem escolhida por Stefanelli para ilustrar a questão dos temporais no Estado. A insatisfação pode ser observada no comentário a seguir:

“QUE ALEGRIA!!!! UMA TRAGÉDIA!!!! É de espantar… fiquei pasmo… abri a segunda página de ZH e lá vi… uma tragédia no estado … nunca vista antes… 3 fotos… quanta alegria… pessoas morrendo… É de assustar … e a nossa “querida zero hora” publica fotos de leitores que ajudaram na reportagem… felizes… OHHH.. QUANTA ALEGRIA….”

O ponto de vista do interagente foi apoiado por alguns leitores e foi criticado por outros, num total de nove comentários publicados entre os dias 21 e 23 de novembro. A observação abriu um debate que evidenciou mais que o descontentamento de alguns leitores sobre a perspectiva do editorial publicado em Zero Hora.

Ficou evidente a expectativa do público com relação à postura assumida pelo meio sobre um fato que teve consequências negativas para os gaúchos. O contrato de comunicação estabelecido com os leitores pode ter sido abalado. O editorial deixou de privilegiar questões pertinentes às necessidades do público prejudicado pelas chuvas para dar ênfase à realidade do próprio meio jornalístico, num discurso auto-referencial. Diante dos dados relatados, questiono: a ação de Zero Hora foi equivocada?

Pode ser que o enfoque do editorial tenha sido inadequado, visto a dimensão dos prejuízos provocados pelas chuvas no Rio Grande do Sul.  Apesar disso, é interessante perceber que foi exaltada a força da mobilização da coletividade nas redes digitais para que o meio realize coberturas cada vez mais completas. Fica cada vez mais evidente a tendência à reportagem compartilhada, que autores como Briggs (2007) chamam de Crowdsourcing, e mesmo ao que Anderson (2006) chama de movimento Pro-Am, a parceria entre profissionais e amadores.

O editorial publicado em Zero Hora impresso e no Blog do Editor, mais que criar polêmica entre os leitores, demonstra o reconhecimento de uma mídia jornalística de referência sobre a relevância dos conteúdos amadores para a sua publicação. É uma marca de que o auxílio do público está gerando bons resultados, que as manifestações amadoras não se perdem na imensa variedade de conteúdos disponíveis nas redes digitais. Os veículos jornalísticos estão aproveitando cada vez mais estes conteúdos, deixando-se influenciar e alterando as suas lógicas internas em busca da integração. Sinal de amadurecimento em tempos de convergência…

Acesso pago às notícias: tendência ou retrocesso?

Será que a retomada do acesso pago aos conteúdos dos jornais digitais é uma boa alternativa para a crise vivida pelas organizações tradicionais de mídia? O assunto é abordado em um artigo escrito por Gustavo Casadio, publicado no Portal Terra. No texto, a mudança é tratada como uma tendência entre as mídias de referência, que lutam para renovar as suas estratégias de captação de leitores e, obviamente, dos lucros. Mas os ganhos voltarão a ser como nos bons e recentes tempos da comunicação um-todos?chuva_de_dinheiro

Pode ser que o acesso pago às reportagens analíticas, mais trabalhadas e voltadas à exposição de assuntos específicos, seja interessante. Eis um trecho do texto:

“Pesquisa feita este ano pela consultoria PricewaterhouseCoopers aponta que os leitores veem as notícias do dia a dia, conhecidas como hard news, como commodities, algo que podem achar com qualidade similar tanto em veículos gratuitos quanto naqueles que cobram pela informação. Contudo, estes mesmos leitores estariam dispostos a pagar por um material premium, com matérias analíticas”.

Talvez seja uma medida providencial. Contudo, creio que, em meio à diversidade de manifestações e à riqueza de conteúdos hoje existentes no ciberespaço, talvez o acesso pago funcione apenas para reduzir drasticamente o número de acessos aos sites jornalísticos. Afinal, em meio às transformações provocadas pelo desenvolvimento crescente da inteligência coletiva, os veículos que não souberem reconhecer as novas linguagens e modelos da Web 2.0 podem acabar virando imigrantes digitais. Assim, permanecerão como estranhos num universo em que a integração é um processo necessário. Isso implica mais empenho inclusive na criação de táticas comerciais.

Indicar qual a arma mais eficaz contra o prejúízo das organizações midiáticas tradicionais, que tentam se adaptar às lógicas da comunicação digital há mais de uma década, não é uma tarefa fácil. Talvez o acesso pago seja uma tendência, ou talvez seja um retrocesso. O jeito é esperar e pagar – ou não – para ver..